Em meio a discussão sobre meta fiscal, Lula diz que ”dinheiro bom é dinheiro transformado em obra’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou na sexta-feira (3) a importância do governo realizar investimentos e destacou que “o dinheiro bem empregado é aquele que se transforma em obras”. Essa declaração foi feita durante uma reunião com ministros da área de infraestrutura no Palácio do Planalto.

Esse pronunciamento do presidente aconteceu em meio aos debates sobre a meta fiscal do governo para o próximo ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, presente na reunião, defende uma meta de alcançar o equilíbrio nas contas públicas até 2024.

No entanto, a ala política do governo preconiza uma meta que permita um pequeno déficit de até 0,5% para evitar cortes de gastos no ano das eleições municipais. O próprio presidente já afirmou que a meta de déficit zero é difícil de ser alcançada no próximo ano.

Lula expressou sua visão, destacando que, para quem está na Fazenda, o dinheiro bom é aquele que guarda no Tesouro, enquanto, para quem ocupa a Presidência, o dinheiro valioso é aquele investido em obras, como estradas, escolas de todos os níveis e saúde.

Ele instruiu os ministros a garantir a execução dos fundos alocados para seus respectivos setores, afirmando que a circulação de dinheiro e a geração de empregos são de extrema importância para um político e para o presidente.

Além disso, o presidente enfatizou o desejo de que os ministros se tornem os melhores gestores de recursos para obras de interesse do povo brasileiro, mencionando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui uma lista de projetos de infraestrutura com um investimento previsto de R$ 1,4 trilhão até 2026.

Lula também mencionou que não é sua intenção que os ministros desenvolvam novos projetos, mas sim que o governo execute as propostas já acordadas durante o primeiro ano de governo.

Ele afirmou que não é necessário criar projetos do zero, pois tudo já está planejado, e o foco está na implementação das obras. O presidente planeja realizar reuniões setoriais com ministros da área social e de serviços, além de uma reunião no final do ano com os 38 ministros para fazer uma avaliação de 2023, com o objetivo de corrigir quaisquer falhas identificadas durante o primeiro ano de governo.